terça-feira, 19 de junho de 2012

Veio então o dia do embarque, fomos de AVIÃO, como se percebe, uma companhia de cada vez.
Lembro-me como se fosse hoje, a chegada!!!, lembro-me que ao sair do AVIÃO, mal nos aproximamos da porta de saída, a falta de ar, provocada pelo calor tórrido, ar sufocante, quase irrespirável, que depois dos primeiros contactos, tudo passou.
Lá fomos em direcção ao COMURÉ, por lá estivemos até ao dia em que fomos para BULA e por lá nos mantivemos, durante 24 meses, quem não se lembra dos "MAPAS" contando os dias, outros as semanas e meses, certamente todos o faziam.
No dia da chegada a BULA, tive a sorte de ter lá um primo, como todos sabem, encontro de Batalhões, encontro de amigos da terra, eu além do meu primo, fui substituir um amigo da terra, que era escriturário, do 2º comandante.
Fomos para a messe de sargentos, pois o meu primo estava lá impedido, e fomos como era habito dizer-se "ENCHER A BLUSA", e foi a minha sorte, pois o pessoal veio confraternizar, como era habito, e eis que se dá  a tragédia que ninguém esperava. No café do  Sr. SILVA colocaram não sei se uma se mais granadas, que resultou na morte, não me lembro de quantos, sei que um, era amigo do meu amigo,  escriturário de nome "REALINHO", por esse motivo digo que tive sorte, pois era suposto eu e o meu amigo, lá estar.
Foi colocada outra cá fora num JIPE, que se encontrava há porta, não sei as consequências, pois  já não me lembro, lembro que via o alvoroço, das ambulâncias, passar para a enfermaria.
Foi um dia trágico sem duvida.

                                          Foto com o meu primo, em Bula. 

 



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