Seguidamente, fui tirar a especialidade, no RAL 4, em Leiria. Quartel que inicialmente, foi difícil a adaptação, mas depois foi um quartel que gostei de estar, como devem saber, esta especialidade, era de estudo, pois era lá que se formavam, escriturários e operadores críptos. Depois da especialidade, fui para Lanceiros 2 e posteriormente, para Paço de Arcos, na EMEL. Tendo eu um irmão em Angola,no RI 8, meti o processo de amparo, uma vez que eu era o sustento da casa, depois de visitarem a minha casa, consultando vizinhos, a decisão foi, continuas na tropa tua mãe,não têm sustento mas tu fases numero, que era o que nós éramos, "NÚMEROS", já em Leiria um Aspirante amigo, elaborou-me um recurso, já na altura me disse, será difícil, pois a base da decisão é sempre da 1ª dec!!, e o resultado do recurso, foi MOBILIZADO para a GUINÉ. Vim a Lanceiros 2 receber a guia de marcha, apanhamos o barco para o BARREIRO, e de comboio, fomos até Estremoz, coincidiu, a nossa chegada, a 9 de Junho, logo véspera do feriado, passamos lá a noite, ai senti o quanto, seria difícil viver naquelas condições de higiene, se é que se pode falar, no que não havia????.
Lá consegui, já não me lembro se Oficial de dia, se sargento de dia. Lá arranjou quem nos passa-se os passaportes, e guias de transporte, (EU FALO NO PLURAL, POIS ESSA VIAGENS FORAM FEITAS COM UM AMIGO, CRIPTO DE NOME MONTEIRO, NATURAL DO PORTO, E NUNCA, MAIS O VI), viemos de comboio até Coimbra B, não tinha-mos comboio e viemos para a estrada, fazer o que não fazia, que era pedir "BOLEIA", passaram carros que tinham ido levar tropa a Lisboa, e levaram-nos até AVEIRO, por volta das 21 horas, já na estação, só passava o foguete, por vota das 11, e chegava perto da meia noite ao PORTO, que por sua vez, a ligação para o MINHO, feita a essa hora. Metemos-nos no foguete, uma vez que só por volta das 5 da manhã, tinha ligação, foi então que o "PICA", depois de mostrarmos o bilhete, disse têm que pagar o excesso, pois isto é 1ª classe, e eu disse-lhe, tudo o que descrevo em cima, o senhor insistiu, e disse que tinha-mos que ficar em ESPINHO, pois eu disse que não tinha-mos dinheiro, foi quando perante a insensibilidade, do PICA, uma SENHORA que se encontrava com uma filha, disse!! eu pago, diga quanto!! eu agradeci o gesto da senhora, mas disse que embora pessoa humilde, sempre cumpri com as minhas obrigações. Já não sei quanto pois paguei o meu e do meu colega, uma vez que ele sim não tinha dinheiro, mas disse ao senhor "PICA", das boas e bonitas, sempre dentro do que é razoável, se é que nestas situações se pode ser, mas disse-lhe, vou gozar 15 dias de licença, e vou para a GUINÉ, na viagem de regresso, espero não me cruzar consigo, pois não sei o que lhe poderei fazer, isto sim, em tom de ameaça devido há sua frieza e insensibilidade, que me incomodou, no estado de espírito em que me encontrava, face ao que exponho acima, até o santo deixa de o ser.
Fico por aqui.
Abraços.
ZECA PINTO.